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O Natal é o maior acontecimento da humanidade por festejar o nascimento de Jesus Cristo, o menino nascido em Belém, mas que viveu e cresceu em Nazaré, daí ser chamado de nazareno; o menino que dividiu a História em antes e depois d'Ele a ponto de gerar um novo calendário vigente até hoje.
Como sabemos, o Natal reveste-se de duas dimensões: uma humana, comprovada e registrada pelo historiadores. Um nascimento como todos os demais, numa família humana, num determinado lugar e tempo, com a presença de uma criança, com choro normal, tendo sido colocado num berço único e original, pois nenhuma outra criança teve berço semelhante, com a diferença de que o Dele teria sido usado pelos animais. Contou ainda com outras originalidades como presentes e visitas de alguns animais e pastores. Nasceu sem parteira, sem anúncio prévio, de surpresa. Igual a muitos recém nascidos, sem privilégios, nem mordomias, com carências de cuidados como qualquer outra criança da época.
Seu nascimento não foi anunciado. Poucos foram os que perceberam.
O primeiro e o único menino que, mesmo antes de pronunciar a primeira palavra, meteu medo em reis e cidades. Sim, o único menino que precisou de exílio para não ser morto, sem ter ameaçado ninguém, sem ter cometido nenhum delito ou crime. Suscitou inveja e ciúme antes de aprender a caminhar. Essa, em síntese, é a primeira dimensão do Natal.
Para os que têm o dom da fé, portanto, para nós, cristãos, o Natal tem ainda outra dimensão. É o acontecimento que produz a maior e mais impressionante ruptura da história. Rompeu a suposta barreira da distância entre Deus e a criatura humana.
Referindo-se a Deus, rompeu com a linguagem teórica, fria para assumir uma linguagem afetuosa, próxima de pai, irmão e amigo; rompeu com todos os preconceitos em altitude e latitude; rompeu com todos os muros que separavam ou impediam o verdadeiro amor; rompeu com as normas e leis opressoras e propôs a verdadeira liberdade; rompeu também com a falsidade e a hipocrisia do poder e ressignificou o valor da dignidade humana.
Inverteu as exigências da felicidade, colocando-as no amor e não na lei.
Propôs um ensinamento suave que não escraviza, mas liberta. Aboliu o medo e restaurou a confiança.
Reconheceu como virtude fundamental a humildade e revogou definitivamente o orgulho como atitude de convivência.
Propôs vida em abundância, sem tirar as exigências da generosidade. Consagrou o valor da família, do diálogo e da partilha, sem esquecer os valores da obediência e da submissão amorosa.
Ofereceu um novo caminho para a felicidade, uma nova proposta de vida pautada na simplicidade, na solidariedade, no respeito e na comunhão fraterna para que nos sentíssemos irmãos, sem destruir as originalidades e as naturais diferenças humanas. Feliz e abençoado Natal!